Polícia Civil busca apoio da Câmara Municipal em luta por melhores condições de trabalho
Representantes da Polícia Civil estiveram na Câmara Municipal de Mossoró, nesta quarta, 23, para expor as dificuldades enfrentadas pela categoria. Os delegados Rafael Câmara e Evandro Santos e o ex-vereador soldado Jadson apresentaram a campanha que a Polícia Civil tem feito em todo o estado do Rio Grande do Norte em busca de melhor infraestrutura, aumento do efetivo policial e salários em dia.
O delegado Rafael Câmara, diretor da Adepol-RN, destacou que o movimento não está pleiteando aumento salarial para a categoria ou tem qualquer característica política. “Esse é um movimento apartidário pela valorização da instituição da Polícia Civil. Estamos buscando a garantia de salários em dia e divulgação de um calendário de pagamento, melhoria da estrutura física e de material nas delegacias e também material humano, já que o nosso efetivo está defasado, o último concurso foi em 2008. Então, já são quase 10 anos sem aumento desse efetivo. Como a gente pode dar uma resposta ao cidadão com toda essa precariedade de salário, material e de pessoal?”, reforçou.
Para que a Polícia tenha condições de trabalhar e prestar um bom serviço, o delegado Evandro Santos, da Delegacia de Plantão, destacou a necessidade de união dos poderes e da sociedade civil. “Como Mossoró é uma cidade polo, as necessidades são ainda maiores e, por isso, nós estamos trazendo essa preocupação para vocês, vereadores, e contamos com o apoio de todos nessa luta.”, afirmou.
O delegado ressaltou, ainda, que a reestruturação da Polícia Civil é fundamental para frear os índices de violência e solicitou a realização de uma audiência pública pela Câmara Municipal. “Uma audiência pública seria uma forma de envolver a sociedade nessa campanha que é de interesse da própria sociedade, principalmente nesse momento de tanta violência”, reforçou o delegado Evandro Santos.
O soldado Jadson, ex-vereador de Mossoró, participou da reunião e também apontou as dificuldades enfrentadas, destacando principalmente o efetivo insuficiente e atrasos salariais. “A Polícia Civil tenta fazer o máximo possível com o mínimo que tem disponível. A situação precisa ser melhorada pelo bem da nossa cidade”, apontou.
Os vereadores da Câmara Municipal, sensibilizados com a causa, aprovaram, já na sessão ordinária desta quarta, a realização da audiência pública que deverá ser agendada até o fim de setembro.