Câmara de Mossoró debate prevenção ao suicídio em palestra do Setembro Amarelo

por Amanda Santana Balbi publicado 22/09/2025 14h00, última modificação 22/09/2025 14h00
Câmara de Mossoró debate prevenção ao suicídio em palestra do Setembro Amarelo

Psiquiatra Melka Medeiros em palestra na Câmara. Foto: Cláudio Júnior/CMM

A Câmara Municipal de Mossoró realizou, nesta segunda-feira (22), uma palestra em alusão ao Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio. O evento destacou a importância de identificar sinais de sofrimento emocional e oferecer apoio a quem precisa.

As falas foram conduzidas pela psicóloga Thaynar Oliveira e pela psiquiatra Melka Medeiros, que reforçaram a necessidade de estar atentos a sinais de alerta, especialmente entre adolescentes, fase considerada de maior vulnerabilidade.

Segundo a psicóloga Thaynar Oliveira, “falar sobre saúde mental é fundamental para salvar vidas. É importante que a gente consiga alcançar essas pessoas, mostrando que sempre existe uma saída e que pedir ajuda é um ato de coragem.”

Já a psiquiatra Melka Medeiros alertou para mudanças de comportamento que não devem ser ignoradas. “Precisamos observar quando alguém expressa desejo de morrer ou faz comentários relacionados à morte. Esses sinais exigem atenção e apoio imediato de familiares, amigos e profissionais de saúde.”

As especialistas também ressaltaram a importância de práticas de vida saudável, como a prática de esportes e a redução do tempo diante das telas, especialmente em adolescentes. No Brasil, cerca de 14 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos, número que pode ser reduzido com informação, acolhimento e diálogo.

Foram apresentados canais de apoio como o Centro de Valorização da Vida (CVV), que atende 24 horas por dia e de forma gratuita pelo telefone 188, além dos CAPS das cidades e da rede de psicólogos e profissionais de saúde. "O importante é entender que procurar ajuda não é sinal de fraqueza e que depressão não é frescura. Precisamos levar a sério o sinais que demonstram o risco de suicídio", reforçou Thaynar Oliveira.