Marleide Cunha critica redução em recursos da saúde para 2024

por Alessandro Dantas publicado 19/09/2023 12h23, última modificação 19/09/2023 12h23
Vereadora mencionou redução no aporte de verbas para a atenção básica, que contempla Unidades Básicas de Saúde
Marleide Cunha critica redução em recursos da saúde para 2024

Vereadora Marleide Cunha em pronunciamento, hoje (19), na tribuna do plenário (foto: Edilberto Barros/CMM)

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (19), a vereadora Marleide Cunha (PT) criticou a redução nos recursos destinados à saúde, previstos no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, em análise na Câmara. A parlamentar relatou situações, segundo ela, precárias em unidades de saúde do município. 

Segundo Marleide, é preocupante que o orçamento de 2024 contenha redução de cerca de R$ 69 milhões, em comparação ao estimado na LOA de 2023. Para a vereadora, o corte de recursos não se justifica, principalmente devido à grande falta de insumos e serviços básicos em unidades de saúde. 

“No Hospital Milton Marques, não tem um pedaço de sabão para lavar as mãos, a única coisa que tem lá é água sanitária. A maioria das UBSs e UPAs estão na mesma situação, com falta de luvas para que os técnicos de enfermagem utilizem nos procedimentos, só há luvas de tamanho grande”, exemplificou Marleide, que também elencou problemas de falta de fitas para aferição de glicemia e no fornecimento de antibióticos em hospitais. 

Atenção Básica

Também em seu pronunciamento, Marleide Cunha alertou para a redução no orçamento destinado à Atenção Básica, área considerada entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a vereadora, nessa área, o corte está estimado em R$ 54 milhões.

De acordo com Marleide, a situação é preocupante pois, segundo ela, é na atenção básica que os pacientes conseguem acesso ao sistema de saúde pública. “É na atenção básica que a pessoa é atendida no dia a dia, para que se evite o agravamento da doença”, complementou Marleide.

A parlamentar denunciou que, em algumas Unidades Básicas de Saúde, está faltando material para fazer o exame ginecológico, mais conhecido como preventivo. “Falta insumos adequados para o descarte dos materiais coletados”, disse. 

Valorização 

Por fim, Marleide Cunha mencionou levantamento, elaborado por seu mandado, que revelou baixa remuneração dos profissionais da enfermagem, que atuam na rede pública de Mossoró. Segundo ela, entre as 167 cidades do RN, Mossoró é a que menos paga a estes profissionais, totalizando um salário estimado em R$ 1.184. 

“Um profissional com 14 anos de serviço ganha o valor de R$ 1.184. Enquanto isso, em cidades como Areia Branca, Serra do Mel e Apodi os profissionais ganham cerca de R$ 1.500, isso é vergonhoso”, frisou Marleide, que também mencionou cortes nos recursos para vencimentos de Agentes Comunitários de Saúde.