Marleide Cunha destaca marco histórico de greve

por Regy Carte publicado 11/04/2023 12h45, última modificação 11/04/2023 12h45
Segundo ela, atual gestão municipal entra para a história como a que mais desvaloriza docentes nos últimos anos
Marleide Cunha destaca marco histórico de greve

Vereadora Marleide Cunha em pronunciamento, hoje, 11 (foto: Edilberto Barros/CMM)

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, hoje (11), o vereadora Marleide Cunha (PT) deu boas vindas a professores da rede municipal, que, em greve há 49 dias, realizaram manifestação no Legislativo, nesta terça-feira.

Ao classificar educação como base da sociedade que somos e que seremos, a parlamentar considerou o ensino pilar a ser respeitado por todos os governantes, tanto pela governadora do Estado do Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra) e quanto pelo prefeito de Mossoró (Allyson Bezerra).

“Mas o prefeito vem desrespeitando e sendo contra os professores e as crianças, que estão há 49 dias sem aula, porque o prefeito se nega a implementar uma política nacional de valorização. Além disso, está contra o desenvolvimento do Município, tentando colocar a população contra os professores, com documentos que não correspondem à realidade”, denunciou, na tribuna da Câmara.

Marleide Cunha considerou a proposta de buscar o fim do impasse da greve na Justiça, defendida na sessão pelo vereador Raério (PSD), tentativa de vereadores governistas de blindar o prefeito e tirar dele a responsabilidade pelo fim da greve.

“É o prefeito que tem a responsabilidade de enviar projeto à Câmara, reajustando o salário. É ele que tem que apresentar proposta de reajuste. O que os professores pedem hoje é que haja apoio de forma concreta, porque diálogo sem proposta não é diálogo, é enrolação, é fingir, é negligenciar uma greve, que está prejudicando os resultados futuros de Mossoró no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), porque a Prefeitura está deixando uma greve perdurar já por 49 dias”, disse.

Marco histórico negativo

Dessa forma, acrescentou Marleide, o prefeito Allyson Bezerra está inscrevendo seu nome na história como o gestor que mais desvalorizou os professores na história recente de Mossoró.

Segundo ela, desde 2013, todos os prefeitos e prefeitas de Mossoró concederam o reajuste definido pelo Ministério da Educação (MEC). Foi assim em 2013, com Cláudia Regina; em 2014, 2015 e 2016, com Francisco José Júnior, Rosalba Ciarlini em 2017, 2018, 2020 (em 2019, lembra que ela diminui o percentual e, por isso, houve greve).

“Em 2021, não houve reajuste nacional e, em 2022, o prefeito parcelou e, pela primeira vez, negou o retroativo. E agora, em 2023, para piorar, já temos a maior greve da educação de Mossoró, até agora, sem proposta nenhuma, de maneira que o prefeito entra para a história, com essa marca negativa”, frisou Marleide Cunha.