Naldo Feitosa se diz vítima em processo de cassação do mandato

por Alessandro Dantas publicado 24/05/2023 12h10, última modificação 24/05/2023 12h09
Vereador pediu mudanças na lei que estabelece percentual mínimo de mulheres em eleições
Naldo Feitosa se diz vítima em processo de cassação do mandato

Vereador Naldo Feitosa durante pronunciamento, hoje (24), na tribuna do plenário (foto: Edilberto Barros/CMM)

Após ter o mandato cassado, depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulou os votos do Partido Social Cristão (PSC) por fraude na cota de gênero, o vereador Naldo Feitosa (PSC) utilizou a tribuna do plenário, na sessão da Câmara Municipal de Mossoró, hoje (24), e se disse vítima do processo que culminou na perda do mandato de vereador.  

“Estou pagando uma coisa que não é minha, a minha equipe, o meu povo, o meu sonho, o sonho de várias pessoas que estiveram com a gente. Se existe uma vítima nessa história, sou eu”, afirmou Naldo Feitosa, ao mesmo tempo em que enalteceu o trabalho da equipe de assessores durante a campanha eleitoral.

No mesmo pronunciamento, o parlamentar pediu mudanças na lei que estabelece percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas entre os candidatos nas eleições proporcionais. Segundo ele, todos os partidos possuem dificuldades para conseguir preencher os requisitos que a lei determina.

Ao pedir mudanças na legislação, Naldo Feitosa fez referência ao caso da vereadora Larissa Rosado (União Brasil). A parlamentar também teve mandato cassado por fraude na cota de gênero e perdeu o mandato na última semana, quando, em sua vaga, tomou posse um vereador do gênero masculino.  

“Vai ficar difícil se os deputados não mudarem a lei. Tiraram uma mulher e colocaram um homem, onde está a coerência, onde está a proteção das mulheres?”, indagou o vereador.

Naldo Feitosa reafirmou ser vítima no processo que levou à cassação do seu mandato. Em comparação, o vereador citou casos de corrupção de políticos em outros estados do país que se beneficiam da impunidade.

“Me mostrem a fraude que eu fiz, me mostrem as malas de dinheiro, mostram o prejuízo que eu dei ao município, ao estado, ao país. Políticos que assaltaram o estado do Rio de Janeiro, e vários outros estados, malas de dinheiro, aí sim”, exemplificou o parlamentar.