Paulo Igo diz que gestão não zela pelo dinheiro público

por Regy Carte publicado 13/03/2024 12h37, última modificação 13/03/2024 12h37
Vereador apresentou jardineira que, segundo ele, custa R$ 25, mas foi comprada por R$ 790
Paulo Igo diz que gestão não zela pelo dinheiro público

Paulo Igo mostra jardineira e compara preços (foto: Edilberto Barros/CMM)

Na sessão de hoje (13) da Câmara Municipal de Mossoró, o vereador Paulo Igo (Solidariedade) subiu à tribuna com uma jardineira. Disse ter comprado a peça no comércio de Mossoró por R$ 25. “Mas quanto custa para a Prefeitura de Mossoró? Em 2021, a Prefeitura pagou R$ 235 por uma unidade. Em 2022, para a mesma jardineira, a Prefeitura pagou R$ 790 reais na unidade”, disse.

Paulo Igo afirmou que a gestão municipal não tem zelo com o dinheiro público. E questionou gasto com montagem e desmontagem de palcos para assinatura de ordens de serviço. “Assinatura de uma simples ordem de serviço, mas usa palco e telão. Palco com estrutura de R$ 400 mil para dois dias”, citou.

O vereador lamentou que, enquanto isso, educação e saúde enfrentam graves problemas. “R$ 12 milhões pagos, enquanto isso na Barrinha e no Jucuri está faltando professor; na do Lagoa do Xavier, não há transporte escolar, falta professor auxiliar em várias escolas. Mas prefere gastar dinheiro com palco”, criticou.

Ele acrescentou que pacientes do hospital psiquiátrico “passam fome” e escolas têm diversas problemas. “Mas o prefeito não se preocupa com a população. Quer ludibriar o povo, trazendo de volta a velha política de pão e circo. Por que o secretário de Cultura saiu? E por que Kadson, que tem rodado em várias secretarias? Nada contra ele, mas chega a se desconfiar”, disse.

Em aparte ao pronunciamento de Paulo Igo, o vereador Genilson Alves (Pros), líder da bancada da situação, garantiu haver zelo com o dinheiro público e negou os valores apresentados sobre a jardineira.

“Trata-se de uma proposta da empresa, mas não liquidez, empenho e pagamento para esse item. O que vossa excelência tem que apresentar é o executado em matéria de pagamento, e não com base em proposta. Tomada de preço é uma coisa, execução de pagamento é outra”, contrapôs. Paulo Igo, por sua vez, reiterou que os valores foram pagos.