Vereadora Plúvia defende comunidades periféricas e anuncia sessão solene para povos de terreiro
Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (5), a vereadora Plúvia (PT) reafirmou o compromisso com o respeito às comunidades periféricas do Brasil. A parlamentar também anunciou a realização da primeira sessão solene da Câmara dedicada aos povos de comunidades tradicionais e de terreiro, marcada para o dia 13 de novembro.
Plúvia iniciou seu pronunciamento rebatendo declarações feitas na sessão anterior. Segundo ela, é preciso cautela e responsabilidade com as falas proferidas no plenário. “Ontem, infelizmente, foi dito aqui que o presidente Lula tem coragem de entrar em uma favela sem uma arma. Quero reafirmar que nas nossas periferias, nas comunidades onde moramos, há muita gente de bem. Para entrar na periferia, não é preciso estar armado, porque lá encontramos o movimento de mulheres, as rádios comunitárias, as associações de reciclagem. É uma outra organização da classe trabalhadora”, afirmou.
A vereadora ressaltou que as periferias são espaços de liberdade e alegria, e que generalizações negativas reforçam preconceitos. “A periferia é um lugar de liberdade, de alegria. Existem pessoas que cometem erros, sim, mas isso acontece em qualquer lugar, inclusive dentro de parlamentos. É preciso ter responsabilidade quando se fala daqui”, acrescentou.
Sessão solene para povos de terreiro
Plúvia também comemorou o ineditismo da sessão solene voltada aos povos de comunidades tradicionais e de terreiro, que acontecerá na próxima semana. “Pela primeira vez, esta Casa vai realizar uma sessão solene específica para os povos de comunidades tradicionais e de terreiro. Quero ver a Câmara repleta no dia 13, reafirmando que uma Mossoró de toda fé é possível, que respeita evangélicos, católicos, povos de terreiro e todas as denominações religiosas que fazem parte da nossa cidade”, declarou.
A vereadora reforçou o convite à população e destacou a importância de combater o racismo estrutural e o racismo religioso. “É necessário construir a lógica da destruição do racismo estrutural e religioso, que ainda existe no nosso cotidiano”, frisou.