Políticas públicas de combate à fome e desigualdade social são tema de debate na Câmara

por Amanda Santana Balbi publicado 14/02/2023 19h00, última modificação 14/02/2023 17h47
Debate foi realizado pela Frente Parlamentar e Popular de Combate à Fome e Desigualdade Social
Políticas públicas de combate à fome e desigualdade social são tema de debate na Câmara

Primeira reunião da Frente Parlamentar e Popular de Combate à Fome. Foto: Edilberto Barros/CMM

Com o objetivo de debater projetos para pessoas em vulnerabilidade alimentar, a Frente Parlamentar e Popular de Combate à Fome e Desigualdade Social realizou a primeira reunião, na tarde desta quinta-feira, 14.

Presidida pelo vereador Pablo Aires (PSB), a reunião também contou com a presença dos vereadores Larissa Rosado (PSDB), Omar Nogueira (Patriota) e Marleide Cunha (PT), que é vice-presidente da Frente.

Representantes de ONGs e entidades que atuam no combate à Fome e Desigualdade Social fizeram importantes contribuições que, de acordo com Pablo Aires, serão inseridas em um relatório. “A ideia é criar um relatório com as contribuições que estão sendo feitas hoje. Assim poderemos pensar e criar políticas para o combate a fome”, explicou.

Debates

 A situação da alimentação de pessoas em situação de rua, famílias de baixa renda e refugiados que vivem em Mossoró foi o foco do debate. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Subseção de Mossoró, Diego Tobias, destacou a necessidade de maior acessibilidade aos restaurantes populares. “Há muita dificuldade no deslocamento das pessoas”, afirmou. Diego reforçou ainda que a OAB está preparando um relatório sobre diversas questões que prejudicam o acesso de pessoas a alimentação.

Representando a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, a professora Eliane Anselmo falou sobre a situação dos venezuelanos e cobrou uma ação do poder público municipal. “Uma situação que se arrasta há algum tempo e não encontramos solução. Precisamos dar apoio para estas famílias e infelizmente não temos nem ao menos o número exato dessas pessoas”, explicou.

Para Ferdinanda Fernandes, que representou o Sesc e atua no programa Mesa Brasil, é necessário criar políticas que gere emprego e renda. “Para dar dignidade a estas pessoas que passam fome, que sabemos que na maioria das vezes são mulheres e negras, é essencial criar oportunidades de emprego. Para que estas mulheres possam não só se alimentar e alimentar seus filhos, como escolher o que comer”, defendeu.

Solidariedade

Aos participantes da reunião, foi solicitada a doação de um quilo de alimento não perecível, que será doado para a Associação Desafio Jovem, que atua há 16 anos no acolhimento e tratamento de pessoas que enfrentam vícios em drogas.