Raério cobra lençóis licitados para unidades de saúde

por Sérgio Oliveira publicado 13/11/2019 13h15, última modificação 13/11/2019 13h15
Vereador apresenta números do que considera descaso
Raério cobra lençóis licitados para unidades de saúde

Raério Araújo na sessão ordinária dessa quarta-feira. FOTO: Edilberto Barros

O descaso da Prefeitura de Mossoró com a prestação de serviços na área de saúde mais uma vez foi tema de debate no plenário João Niceras de Morais na Câmara Municipal. O vereador Raério Cabeção (sem partido) levantou a questão, lamentando que já tenha sido homologada uma licitação no mês de setembro, isso de acordo com publicação no Jornal Oficial do Município (JOM) e, até outubro passado, falte lençóis e fronhas nas Unidades Básicas de Saúde e no Hospital São Camilo de Lellis.

De acordo com o vereador, na licitação para a aquisição de 6 mil lençóis e 6 mil fronhas, foram liberados R$ 500 mil (quinhentos mil reais) e esse material ainda não chegou nas unidades.

“Pode até haver superfaturamento na compra, mas poderia beneficiar e não beneficia, a população”, protesta Raério. O vereador também estranhou que o mesmo material e igual quantia tenham apresentado valores diferentes quando, uma empresa fornecedora recebeu R$ 288 mil e a outra R$ 211 mil na compra, cada uma delas, de 300 lenções e 300 fronhas.

Ornamentação natalina

Além dos valores divulgados na compra de lençóis e fronhas que ainda não chegaram às unidades de saúde, outros números divulgados pelo JOM despertaram a atenção do vereador Raério Cabeção. A questão agora diz respeito à ornamentação natalina que, antes, na avaliação do próprio edil, deveriam ser gastos algo em torno dos R$ 400 mil. “Peço desculpas pois me enganei”, disse Raério.

Segundo citou em plenário Raério Cabeção, a Prefeitura de Mossoró deverá investir mais de R$ 1.120.000,00 (Um milhão cento e vinte mil reais). O questionamento que se faz, na avaliação do vereador, ao fato de não existir nos postos de saúde, por exemplo, insulina e insumos para atender os diabéticos, e a Prefeitura investir tamanha soma em decoração natalina.

“Além de outros problemas, como é o caso dos moradores da Favela do Fio, que não podem sequer sair de casa devido ao problema que enfrentam com uma galeria na comunidade”, concluiu.