Tony sobre reprovação das contas da Saúde: ‘Grave’

por Regy Carte publicado 06/12/2023 12h18, última modificação 06/12/2023 12h18
Vereador diz que decisão do Conselho reflete sucateamento e abandono do setor
Tony sobre reprovação das contas da Saúde: ‘Grave’

Vereador Tony Fernandes, hoje (6), na tribuna da Câmara (foto: Edilberto Barros/CMM)

O vereador Tony Fernandes (Solidariedade) lamentou a reprovação, pelo Conselho Municipal de Saúde de Mossoró, das contas da Secretaria Municipal de Saúde de 2022 e do primeiro quadrimestre de 2023. Em pronunciamento na Câmara de Mossoró, hoje (6), ele disse que a decisão reflete o sucateamento e abandono do setor.

Segundo o parlamentar, a reprovação das contas é fato grave. Ele chamou atenção para alguns pontos. É o caso do aumento de 100% dos recursos para a Saúde de Mossoró, passando de R$ 160 milhões para R$ 340 milhões. “Mesmo assim, a saúde não chega a contento à população”, constata.

O líder da bancada de oposição também alerta para a falta de transparência. Diz haver indicadores oficiais incompatíveis com a realidade da prestação de contas da Secretaria de Saúde.

“E quando foi feita a solicitação sobre o financeiro, a Prefeitura não apresentou essas informações, por exemplo, em relação a prestadores de serviço. É grave, além de não oferecer o serviço, negar a informação”, acrescenta.

Outro apontamento do Conselho Municipal de Saúde, segundo Tony Fernandes, é a falta de prestadores de serviço em endoscopia e colonoscopia. Os exames são feitos em Natal e apenas duas vezes ao mês, o que compromete a saúde dos pacientes.

“É preciso de mais atenção à saúde pública, porque quem está sofrendo é o povo carente. É preciso menos mídia e mais ação”, disparou Tony, ao acrescentar que hoje mães de filhos com autismo procuraram a Câmara, reclamando de falta de assistência no Caps infantil e que se trata de drama diário.

O vereador finalizou o pronunciamento: “A política de inclusão de pessoas com deficiência em Mossoró é apenas de Instagram. No CER (Centro Especializado em Reabilitação), o Ministério Público moveu ação civil pública para obrigar Prefeitura a ofertar serviços, embora o município receba R$ 350 mil por mês do Governo Federal. É preciso mais respeito à saúde pública e às pessoas em Mossoró”.